Arquivo: Edição de 02-07-2009
Procuram-se inventores e investidoresInventores, investigadores e investidores têm agora um núcleo de trabalho sedeado em S. João da Madeira. A ideia é aproximar inventores e indústria, solucionar problemas e comercializar invenções
A falta de investimento na investigação e a escassa comunicação entre investigadores, inventores e investidores ditou a criação do N3i por Manuel Londreira, Alberto Camarinha Pinto, Dário Henriques, António Faria e José Manuel Garcia. O núcleo tem já em curso um projecto de apoio ao registo e comercialização de uma invenção para daltónicos, bem como uma porta inteligente da autoria de Manuel Londreira. Este último projecto, criado pelo presidente do núcleo servirá para “dar sustentabilidade financeira ao N3i”, como o próprio afirmou na sessão inaugural. Manuel Londreira sublinhou ainda que “tudo é possível realizar” e apelou aos presentes para “acreditar que isto vai para a frente”. O presidente no N3i, Manuel Londreira adiantou que o núcleo poderá trabalhar em parceria com universidades para encontrar soluções necessárias à indústria. Além disso, o N3i “foi criado para dar oportunidade aos inventores de exporem ideias”. Esta associação pode ainda, segundo o seu presidente “dar a oportunidade a todos os inventores desempregados de terem uma actividade”. O N3i vai ainda ajudar nos processos de registo de patentes, estabelecimento de ligação à indústria e divulgação de produtos. Presente na sessão inaugural, o presidente da autarquia sanjoanense considerou que “os tempos estão de feição para os inventores”, já que, actualmente, se verifica uma “descrença nas soluções tradicionais”. Num “ambiente propício à inovação e empreendedorismo” que se vive em S. João da Madeira, Castro Almeida desejou “um percurso de sucesso” ao N3i. Em representação do Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação (IAPMEI), Rita Seabra partilhou com os presentes a esperança de que “seja possível colocar a criatividade dos inventores à disposição da indústria”, porque defendeu que “as invenções só são riqueza se chegarem ao mercado”. Do Instituto Nacional da Propriedade Industrial, João Marcelino partilhou também a ideia que as invenções do N3i “sejam um contributo para a riqueza do país”. João Marcelino alertou ainda para a necessidade de “criar uma sociedade que permita às invenções florescerem”. Porta inteligente Projecto de Manuel Londreira que é o primeiro a passar pelo Núcleo de Inventores, Investigadores e Investidores. Com este projecto, o presidente do N3i quer “dar credibilidade aos colegas” e “sustentabilidade financeira ao próprio núcleo”. A porta inteligente pode detectar incêndios, fugas de gás, inundações, intrusões e pânico através de mecanismos no puxador ou inputs por telemóvel. A porta pode facilitar a fuga e evita que seja necessário carregar a chave no bolso porque “tem quatro formas de abrir, todas eléctricas”. Segundo o inventor, assim será possível minimizar o risco de assaltos. Manuel Londreira garante que já há interessados na porta inteligente e que já está assinado o contrato com a indústria que permitirá o fabrico. O inventor oliveirense está seguro que em breve esta porta estará no mercado. Por: Liliana Guimarães |
Garcia Remédios
gostaria de ser contactado por um membro da direcção da novel Associação (N3I), para poder dar corpo aos meus projectos. Atenciosamente, Mário Cruz
Sempre acreditei na criatividade dos Portugueses e na urgência de impulsionar e proteger as suas criações, daí a necessidade da N3i, parabéns pela vossa iniciativa.
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